Fábio Kagami, Gabriel Costa, Heber Souza, Paulo Thame
Nas últimas décadas, houve um grande avanço da informática e da automação em diversas áreas, inclusive na área agrícola, trazendo qualidade, produtividade e competitividade. Devido à grande quantidade de programas computacionais e dispositivos eletrônicos, verificou-se a necessidade de compatibilidade e integração.
Para suprir essa necessidade em máquinas e implementos agrícolas, adotou-se padrões baseados no protocolo de comunicação digital serial Controller Area Network, da sigla CAN. No final da década de 90, as associações de normas DIN, SAE, ASAE, ISO e a ABNT uniram esforços para gerar a norma internacional denominada ISO 11783, ou ISOBUS, tendo como objetivo inicial padronizar a comunicação estabelecida entre tratores e implementos ao mesmo tempo em que assegura a compatibilidade total de transferência de dados entre sistemas móveis e software da sede da fazenda. Dessa forma, ao invés de cada trator e cada implemento com seus sistemas eletrônicos usarem um terminal individual, existe uma interface padronizada e compatível (chamada de Terminal Virtual) entre o trator e os implementos associados com o propósito de alcançar o recurso plug-and-play para cada combinação. Desse modo, um único terminal ISOBUS substitui vários terminais específicos para cada implemento no trator.
Figura 1 – Exemplo de topologia de uma rede CAN em um trator e implemento segundo a norma ISO 11783.
Figura 2 – Conector no padrão ISOBUS.
Portanto, o desenvolvimento de sistemas baseados no CAN para as necessidades da agricultura e do agricultor brasileiro, assim como o desenvolvimento de circuitos e programas que permitam integrar dispositivos de controle e automação às máquinas agrícolas com os padrões sistematizados (ISOBUS) ainda constitui um desafio para as indústrias nacionais de máquinas e implementos. O potencial tecnológico destes padrões é claro, assim como os benefícios do emprego destes padrões.
Vídeo explicativo do sistema de comunicação ISOBUS
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