segunda-feira, 25 de março de 2013

Ciclo da Agricultura de Precisão

Fábio Kagami, Gabriel Costa, Heber Souza, Paulo Thame.


A agricultura de precisão oferece grandes benefícios para os usuários deste sistema, permitindo decisões mais embasadas e rápidas. Confere uma maior capacidade e flexibilidade para a distribuição dos insumos naqueles locais e no tempo em que são mais necessários, minimizando os custos de produção. E também redução do grave problema do risco da atividade agrícola, permitindo um maior controle da situação, melhoramento do rendimento da cultura, conservação do solo e a redução da degradação ambiental pelo menor uso de defensivos e fertilizantes.

 

Figura 1 - Ciclo da Agricultura de Precisão

Colheita

Pessoas ligadas à agricultura de precisão defendem que seu ciclo deve começar pelo mapa de produtividade ou mapa da colheita, pois através dele obtém-se a variabilidade de produção de uma propriedade. Este mapa é feito através dos dados coletados por colhedoras ligadas a um GPS com correção diferencial (DGPS) ou RTK, que vai marcando as posições da máquina, e os sensores, que medem a produtividade do ponto georreferenciado, e salva estas informações para posterior processamento. 
Analisando o mapa gerado pode-se investigar as possíveis causas de baixa produtividade de cada área o que permite realizar as medidas necessárias para correção da mesma. Em alguns casos a limitação de produtividade não depende de fatores nutricionais e sim limitações das características do solo, ou até mesmo temporais. No caso das limitações das características do solo não é possível aumentar sua produtividade, mas sim evitar o desperdício de insumos.

Preparo do Solo

A etapa seguinte do ciclo é referente ao mapeamento da fertilidade do solo. O mapeamento é feito através de coleta e análise de amostras georreferenciadas com auxílio de um dispositivo GPS. Para gerar um mapa de pontos amostrais utiliza-se programas de SIG que permitem gerar grades amostrais de maneira simplificada. No mercado existem equipamentos que podem ser acoplados a veículos para facilitar sua coleta, possibilitando uma maior autonomia, como é o caso do Saci Trail. Após análise dos dados em laboratório é possível gerar um mapa de fertilidade interpolado, onde tenta representar a realidade dos pontos não amostrados através de análise estatística. De posse dessas informações é possível identificar o teor de cada nutriente em seu respectivo ponto, diagnosticando possíveis deficiências nutricionais o que permite efetuar as correções necessárias.
Ao contrário das amostragens feitas pela média (agricultura convencional) os mapas interpolados, identificam a variabilidade da área, permitindo fazer a correção localizada evitando o desperdício de fertilizantes.
O mapa de aplicação pode ser gerado utilizando os resultados dos mapas de produtividade e fertilidade. Ele possui a informação do que aplicar, onde aplicar e quanto aplicar. Estas informações são carregadas no monitor da máquina e utilizando o sinal GPS ele consegue aplicar os insumos de maneira localizada. Existem equipamentos que permitem gerar o mapa do que esta sendo aplicado enquanto faz a aplicação dos insumos para avaliar o desempenho da operação.

Plantio

Posteriormente a correção inicia-se o plantio, que pode ser à taxa variável. Baseando-se no mapa de fertilidade, gera-se um mapa de plantio, variando a densidade de sementes por linha ou seção, e hoje já se faz possível, a de espaçamento de plantio. Uma planta bem nutrida se desenvolverá de forma correta e chegará ao estádio de maturação em plenas condições de maximizar a sua produção. Portanto, tem-se aqui o principal motivo que leva os agricultores a utilizarem a AP: o aumento de produtividade que leva a um incremento de rentabilidade.

Acompanhamento da lavoura

A aplicação de defensivos também conta com o uso de tecnologia GPS (piloto automático / barra de luz), pois em certas culturas necessitam o controle de tráfego para evitar o pisoteio da cultura. Também auxilia no controle da sobreposição, hoje existem máquinas capazes de fazer o controle bico-a-bico, o que gera uma sobreposição mínima na cultura, ou seja, diminui o desperdício o que aumenta a rentabilidade.


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