sábado, 23 de março de 2013

agricultura de precisão




Clóvis A. Silva
Deni Anderson
Edson Passalaqua
Eliziana Paiva
Maria Fernanda

Definição
Agricultura Precisão é gerenciar o sistema considerando que a lavoura não é uniforme.
Enquanto os sistemas tradicionais tratam as propriedades agrícolas de forma homogênea, tomando como base as condições média das extensas áreas de produção para implementar as ações corretivas dos fatores limitantes da produção, a AP contempla a variabilidade espaço-temporal desses fatores para a tomada de decisão.

O ciclo da Agricultura de Precisão

As etapas básicas do sistema de agricultura de precisão são: a coleta de dados, o planejamento do gerenciamento, e a aplicação localizada dos insumos.
Na primeira etapa o objetivo é identificar a variabilidade existente em campo dos diversos fatores de produção (solo, pragas, ervas daninhas, etc.) e da própria produção da cultura. Para isso,  primeiramente deve ser feito o mapa de produtividade na colheita. Isto é feito com equipamentos instalados nas colheitadoras, que marcam cada posição geográfica no campo através de sinais de satélite recebidos com o GPS. Além disso informam, através de sensores de rendimento e umidade, a quantidade e condições físicas dos grãos colhidos em cada trecho percorrido.

As informações recebidas são processadas por programas de computador, que fazem os mapas com a quantidade produzida em cada trecho colhido. Os mapas de produtividade permitem individualizar a produção da lavoura. Exemplo.: uma lavoura de produção média é de 100 sc/ha poderá ter áreas que produzem 60 e outras 130 sc/ha. Com os mapas, estas áreas podem ser visualizadas.

 A segunda etapa consiste em se processar esses dados (dos mapas de produtividade da colheita) para avaliar e quantificar a variabilidade medida, tentar relacionar a variabilidade da produção com a dos fatores de produção, propor estratégias de gerenciamento agrícola que levem em conta esse cenário de variabilidade, consolidados na forma de mapas de aplicação dos insumos. 
Após as analises das amostras do solo coletado, das plantas daninhas o agricultor terá mapas que traduzem a fertilidade da área, a ocupação das plantas daninhas e muitos outros mapas como, umidade, pH, estrutura e drenagem do solo, densidade de plantas e estagio de crescimento e área em metros quadrados e não em hectares como vem sendo feito até agora.

O mapa de produtividade é interpretado para obter o diagnóstico correto ( concentração de nutrientes, umidade, ocorrência de doenças, etc...) da situação de cada parte da lavoura (essa análise exige conhecimentos de agronomia).
Também é necessários fazer o mapa de fertilidade do solo, conseguido através da coleta (registrada por GPS) e análise de uma ou mais amostras do solo. Este mapa indica o teor da cada nutriente no solo em cada ponto da área cultivada, permitindo identificar onde existe ausência ou excesso de nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas.

Depois da análise e interpretação dos mapas de produtividade e fertilidade, além de outras informações, confecciona-se os mapas para aplicação localizada dos insumos. Estes mapas indicam qual insumo, quantidade, e posição exata para aplicação. A grande vantagem é que ao invés de calcular, por uma média, o quanto a área a ser cultivada necessita de sementes, calcário, adubo, herbicida e inseticida, o agricultor vai poder aplicar apenas a quantidade necessária para cada diferente zona do terreno.

Todos estes dados são armazenados num cartão magnético, que será lido por computadores instalados nos tratores e máquinas de aplicação localizada. 
Na terceira etapa serão utilizadas máquinas agrícolas com a capacidade aplicar os insumos em taxa variável ao longo do talhão, de forma automática, e levando em conta a sua posição no campo. Estas máquinas contam com controladores de aplicação inteligentes conectados ao GPS, que seguem as instruções estabelecidas nos mapas confeccionados com a recomendação da aplicação detalhada para cada ponto do terreno gerados na etapa anterior, e informa à semeadora ou adubadora a quantidade e momento exato em que ela deve despejar os insumos no solo. Por exemplo no caso da semeadora quanto mais fértil for aquele trecho do terreno, menos sementes serão lançadas e vice-versa. Diversas máquinas com essa capacidade já estão disponíveis no mercado e estão em franca evolução tecnológica. Os insumos aplicados podem ser sementes, pesticidas, fertilizantes, corretivos, defensivos e outros.

Resumindo o processo, um ciclo completo pode ser descrito assim:
1ª - colheita feita com máquina equipada com sensores e receptor GPS;
2ª - análise e confecção do mapa de produtividade;
3ª - análise de solo e outros fatores em busca das causas da variação de produtividade;
4ª -  geração do mapa de aplicação localizada de acordo com o resultado das análises e aplicação de fertilizantes e micronutrientes em taxas variáveis;
5ª - plantio em taxas variáveis conforme o potencial produtivo de cada região analisada em cada parte da área, conforme o mapa de aplicação;
6ª - mapeamento de invasoras, doenças, insetos, etc da lavoura;
7ª - aplicação localizada a taxas variáveis de produtos químicos, conforme a intensidade de invasoras, insetos e doenças em cada ponto da lavoura;
8ª - nova colheita iniciando um novo ciclo da AP. 
A cada novo ciclo, haverá mais informações sobre a lavoura, o que se tornará as análises cada vez mais confiáveis, gerando um histórico da lavoura. 
 
Colheita

Através de equipamentos instalados na colhedoras que marcam a posição geográfica da colhedora no campo, é possível identificar
a variabilidade existente no campo e gerar um mapa de produtividade.

Mapa de produtividade
   
Uma das principais ferramentas da Agricultura de Precisão é o mapa de produtividade, sendo assim, o mapa de colheita é a informação mais completa para se visualizar a variabilidade espacial das lavouras, para isso é necessário que haja um sistema de registros de dados para máquinas agrícolas, que tenha capacidade de registrar dados de produtividade georeferenciados ou então a posição de amostras de solo coletadas em campo. Também é preciso que o produtor agrícola tenha acesso a um software que gere mapas de produtividade, de aplicação de insumos e da rastreabilidade, que seja capaz de traduzir esses mapas para uma forma que possa ser usada pelo sistema de controle e monitoramento do implemento. Como exemplo, o software CR Campeiro. Ainda torna-se necessário a utilização de um sistema de controle e monitoramento montado no trator que seja capaz de aplicar um produto automaticamente de acordo com o mapa predeterminado e que gere também um registro de aplicação de quanto e aonde o produto foi aplicado.

Grid de amostragem

O grid de amostragem, ou tamanho da malha de amostragem, é determinado em função dos históricos de produtividade e fertilidade, do relevo e características próprias do terreno a ser amostrado. Geralmente, se trabalha com grids de 1 a 5 hectares. Na prática, se o produtor possui uma área de 30 hectares e for trabalhar com um grid de 2 hectares, ele fará com que essa área seja “transformada em 15 subáreas de 2 hectares cada”. Dentro de cada grid, geralmente, são retiradas 10 amostras simples, para compor a amostra a ser analisada no laboratório.

Coleta de solo

As plantas, em geral, obtém os nutrientes de que precisam do solo. A avaliação da disponibilidade de nutrientes em solo é feita, em geral, com base na análise de fertilidade.Normalmente se utilizam dois tipos de produtos: o calcário para corrigir a acidez do solo e os fertilizantes, ou adubos, para corrigir a falta de nutrientes. A decisão do que quando e quanto aplicar de calcário e fertilizante somente deve ser feita com base na análise de fertilidade do solo com o auxílio de um agrônomo.

Geração de mapas

Uma das principais ferramentas da Agricultura de Precisão é o mapa de produtividade, sendo assim, o mapa de colheita é a informação mais completa para se visualizar a variabilidade espacial das lavouras, para isso é necessário que haja um sistema de registros de dados para máquinas agrícolas, que tenha capacidade de registrar dados de produtividade georeferenciados ou então a posição de amostras de solo coletadas em campo. Também é preciso que o produtor agrícola tenha acesso a um software que gere mapas de produtividade, de aplicação de insumos e da rastreabilidade, que seja capaz de traduzir esses mapas para uma forma que possa ser usada pelo sistema de controle e monitoramento do implemento. Como exemplo, o software CR Campeiro. Ainda torna-se necessário a utilização de um sistema de controle e monitoramento montado no trator que seja capaz de aplicar um produto automaticamente de acordo com o mapa predeterminado e que gere também um registro de aplicação de quanto e aonde o produto foi aplicado.

Interpretação dos resultados

Ao interpretar um mapa de produtividade com a finalidade de futuro gerenciamento do campo, deve-se levar em conta principalmente as causas consistentes de variabilidade, esses mapas de produtividade compreendem uma etapa demorada que faz parte do processo de aprendizagem do agricultor. A correta geração e interpretação de dados referentes à variabilidade espacial das lavouras é a etapa mais importante do processo de implantação da agricultura de precisão.

Mapas de aplicação

A partir da elaboração dos mapas de fertilidade da área, são realizadas as sugestões para aplicação de insumos nas áreas amostradas. Através de um grupo técnico especializado, soluções de manejo são analisadas e criadas com o suporte também de consultores, a fim de viabilizar a aplicação de fertilizantes, sejam eles fórmulas ou elementos simples, além dos corretivos.
Os mapas são gerados através da interpolação de dados, o qual é possível distinguir as doses a serem aplicadas em cada região, as doses mínimas, máximas e médias do talhão, e também o total de produto necessário para aplicação.

Intervenção variável

Com todos os dados em mãos, é utilizada uma das principais ferramentas utilizadas em AP que é a aplicação de insumos, especialmente fertilizantes e corretivos, em taxa variável, ou seja, de acordo com a demanda local e a variabilidade espacial encontrada no campo.

Nova colheita

Depois de realizadas todas as etapas descritas acima é realizada a colheita, e com base no mapa de colheita gerado é possível tomar as decisões cabíveis e decidir quais etapas farão parte do novo ciclo.

Apresentação
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




http://mundogeo.com/blog/2000/01/01/mapas-de-produtividade-na-agricultura-de-precisao/



     














     


     








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